Após novo embate entre Trump e Zelensky, EUA afirmam querer assinar acordo econômico com a Ucrânia 'o mais rápido possível'

  • 24/04/2025
(Foto: Reprodução)
Declaração foi feita pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, após reunião com o primeiro-ministro ucraniano. Mais cedo, os presidentes dos dois países se desentenderam novamente. O Secretário do tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que os EUA querem fechar um acordo comercial com a Ucrânia "o mais rápido possível". Declaração foi feita nesta quarta-feira (23). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "O secretário Bessent enfatizou a necessidade de concluir as negociações técnicas e assinar a parceria econômica entre os Estados Unidos e a Ucrânia o mais rápido possível", disse o Departamento do Tesouro em comunicado. Bessent ainda reafirmou "o apoio dos EUA à soberania ucraniana" e a dedicação do país em "garantir uma paz duradoura e estável para os povos da Ucrânia e da Rússia". Declaração foi feita horas após novos desentendimentos entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Trump prometeu fim da guerra na Ucrânia em 1 dia; entenda por que os bombardeios continuam após 90 dias Trump x Zelensky Presidente dos EUA, Donald Trump (à direita), recebe o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca em 28 de fevereiro de 2025. REUTERS/Brian Snyder Os líderes voltaram a se desentender na quarta-feira (23). O embate foi sobre os esforços para encerrar a guerra que já dura três anos na Ucrânia, com o líder norte-americano criticando Zelensky por se recusar a reconhecer a ocupação da Crimeia pela Rússia. Zelensky havia afirma que a Ucrânia jamais cederia a Crimeia à Rússia, que tomou a península em 2014, em um ato condenado internacionalmente. “Não há o que discutir aqui. Isso vai contra nossa constituição”, declarou. Zelensky anexou à sua postagem a Declaração sobre a Crimeia de 2018, de Mike Pompeo, então secretário de Estado de Trump, que dizia: “Os Estados Unidos rejeitam a tentativa de anexação da Crimeia pela Rússia e prometem manter essa política até que a integridade territorial da Ucrânia seja restaurada.” Trump, que teve um confronto com o presidente ucraniano em uma desastrosa reunião no Salão Oval em março, classificou essa declaração como inflamatória e disse que ela dificulta a paz. Em uma postagem nas redes sociais, afirmou que a Crimeia foi perdida há anos “e nem sequer é mais um ponto de discussão”. Zelensky reconheceu mais tarde, em uma postagem no X, que as conversas em Londres entre autoridades dos EUA, Ucrânia e Europa foram marcadas por fortes emoções, mas expressou esperança de que o trabalho conjunto leve à paz. Ele reafirmou que a Ucrânia seguirá sua constituição e disse ter certeza de que os parceiros de Kiev, em especial os EUA, “agirão de acordo com suas decisões firmes”. Trump, que prometeu durante sua campanha acabar com a guerra nas primeiras 24 horas de seu novo mandato, repreendeu Zelensky e afirmou no Truth Social que os EUA estão tentando parar a matança na Ucrânia e que estão “muito perto de um acordo” pela paz. Mais tarde, Trump disse a repórteres que achou que as conversas em Londres “foram bem”, embora tenha comentado, em referência aparente ao presidente russo Vladimir Putin e a Zelensky: “Precisamos que duas pessoas, duas pessoas fortes e inteligentes, cheguem a um acordo. Assim que isso acontecer, a matança vai parar.” O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, cancelou sua viagem para participar das conversas em Londres, o que levou ao cancelamento de uma reunião mais ampla com chanceleres da Ucrânia, Reino Unido, França e Alemanha — ressaltando as divergências entre Washington, Kiev e seus aliados europeus sobre como encerrar a guerra. EUA ameaçaram desistir do acordo de paz EUA ameaçam abandonar negociações por cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia Trump disse que abandonará os esforços para intermediar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia dentro de alguns dias, a menos que haja sinais claros de que um acordo é possível. A informação veio a público pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na sexta-feira (18). "Não vamos continuar com esse esforço por semanas e meses a fio. Então, precisamos determinar muito rapidamente agora —e estou falando de questão de dias— se isso é viável nas próximas semanas. Se for, estamos dentro. Se não, então temos outras prioridades para focar também", disse Rubio em Paris, após se reunir com líderes europeus e ucranianos. O secretário afirmou, ainda, que Trump segue interessado em um acordo, mas está disposto a seguir em frente caso não haja sinais imediatos de progresso. O Kremlin rebateu a fala de Rubio e disse que as conversas até aqui geraram progresso, inclusive o cessar-fogo no Mar Negro —que teve acusações cruzadas de violações—, e que a Rússia continua comprometida. Porém, afirmou que o contato com os EUA tem sido "complicado". "Os contatos são bastante complicados porque, naturalmente, o tema não é fácil", disse o porta-voz Dmitry Peskov.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/04/24/zelensky-e-trump-eua-acordo-economico-ucrania.ghtml


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